вторник, октября 24, 2006
вторник, января 10, 2006
Nossa Senhora do Silêncio
"Às vezes quando, abatido e humilde, a própria força de senhor se me desfolha e me seca, e o meu único sonho só pode ser o pensar nos meus sonhos, folheio-os então, como a um livro que se folheia e se torna a folhear sem ler mais que palavras inevitáveis."
Eureka...
Para quem quiser saber bastante mais sobre mim, o que facilita e elimina futuras postagens rídiculamente escritas por mim como a anterior, so tem que ler o Livro do Desassossego. Td o que sinto que jamais terei palavras para descrever está lá escrito com as palavras certas. Uma vez que já tens :Þ fica encerrada, pouco antes de começar esta contribuição pessoal para o blog.
"Porque escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja?Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça"
"Porque escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja?Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça"
четверг, января 05, 2006
Почему?
Comandar - Dirigir como superior.Mandar.
Alguem disse que o sonho comanda a vida.Os meus ainda só têm o código porque não sei para onde me dirigem. Estranha, a mente, que nos permite sonhar. Estranha também porque permite também que simples personagens de um filme, frases ou até flashes momentaneos tomem conta do que somos e do que seremos sem sequer darem pisca. Tornam-nos em algo que nunca imaginámos e de tal maneira que fazendo a prova dos nove pouco mais do que esses momentos sobra. Por vezes dou comigo a pensar: "Aquela rapariga deve ser interessante...". No entanto, raras são as vezes que tenho arrojo de o confirmar. Mas a vida tem destas coisas, e a última vez que o fiz, foi a última vez que os meus olhos se incontiveram sem até hoje ter percebido a verdadeira razão. Mas ficará sempre pois o resto não é zero... Comanda a Matemática...
"Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu isntinto de perfeição deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender."
Alguem disse que o sonho comanda a vida.Os meus ainda só têm o código porque não sei para onde me dirigem. Estranha, a mente, que nos permite sonhar. Estranha também porque permite também que simples personagens de um filme, frases ou até flashes momentaneos tomem conta do que somos e do que seremos sem sequer darem pisca. Tornam-nos em algo que nunca imaginámos e de tal maneira que fazendo a prova dos nove pouco mais do que esses momentos sobra. Por vezes dou comigo a pensar: "Aquela rapariga deve ser interessante...". No entanto, raras são as vezes que tenho arrojo de o confirmar. Mas a vida tem destas coisas, e a última vez que o fiz, foi a última vez que os meus olhos se incontiveram sem até hoje ter percebido a verdadeira razão. Mas ficará sempre pois o resto não é zero... Comanda a Matemática...
"Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu isntinto de perfeição deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender."
среда, декабря 07, 2005
Not dead yet...
Apresentem-me uma neurologista, que é so ela querer e eu caso-me. A mente humana é de facto algo mais que brilhante...(Como é possível sobriedade na embriaguez?) Em breve, sentimentos, não opiniões, tentarão ser postados.
четверг, апреля 21, 2005
"Uma situação delicada passada recentemente com um colega, fez-me pensar na necessidade de um estudo sobre a saúde mental dos bolseiros, ex-bolseiros e candidatos a bolseiros de investigação portugueses. Somos de certeza uma classe não-representativa da população, mas ainda assim com significado estatístico (7 mil bolseiros de investigação, li num jornal). A um questionário onde se perguntasse se estivemos nos últimos anos deprimidos ao ponto de procurarmos ajuda médica, mais de metade de nós responderiam que sim. Se o detalhe fosse mais longe e, dentre os outros, se inquirisse quantos acham que deveriam ter procurado ajuda ou que precisam de ser ajudados a superar uma depressão, estou convencida que os restantes diriam também que sim.
Estimando por alto, só para ter uma ordem de grandeza do problema, eu diria que 100% dos bolseiros de investigação passam por fases graves de depressão. Se juntarmos a esse número 3% de incerteza, o palpite passa a quase-verdade.
Somos uns privilegiados, fazemos na vida aquilo que escolhemos, ganhamos bem (atendendo aos padrões portugueses), não trabalhamos demais (outra vez os padrões portugueses), viajamos muito. À primeira vista, nada parece justificar o desânimo generalizado. E no entanto...
O colóquio recente sobre o futuro científico em Portugal trouxe o assunto para os jornais. Ministros cantam-nos loas, fazem promessas de milhões de euros, promessas de milhares de novas bolsas, promessas de empregos que hão-de vir. Pintam um futuro radioso para a Ciência portuguesa - mas nós, que futuro é o nosso? Porque, ao mesmo tempo que no-lo dizem, vão juntando que "as bolsas são e têm de ser de carácter temporário"... Eu, como alguns de vocês, faço investigação há quase 10 anos (sim,o tempo passa tão depressa...), graças às sucessivas bolsas da FCT e do instituto onde estou. Esperam que ao fim de todo este tempo e esforço, passado já o limiar dos 30 há anos, eu vá à procura de emprego onde? Que contributo posso eu dar para a rudimentar indústria portuguesa - eu, vinda da física fundamental, e todos aqueles que vêm de áreas teóricas e/ou não-aplicadas? Que empregador vai querer pagar-nos uma sobre-qualificação de que não precisa?
Talvez o "carácter temporário" que querem dar às bolsas portuguesas signifique que esperam que procuremos financiamento fora do país. Como muitos de nós, de resto, temos feito. E propoem que regressemos já perto da reforma (que, a propósito, dificilmente nos quererão pagar, visto que nunca teremos sido "contribuintes"), depois dos famosos 100 artigos em revistas científicas e 10 orientandos de doutoramento. A dificuldade está no entre-tempo...
Os efeitos colaterais disto tudo são evidentes. Mesmo assim, alguns de nós escolhemos continuar. Procurar novo financiamento todos os 2 ou 3 anos. Mudar de país,de casa e de amigos com a mesma periodicidade. Estar longe da família. E adiar a "vida normal" (casar, ter filhos, ter férias no Verão, pertencer a um local,...) por tempo indeterminado.
Num país onde a taxa de analfabetismo é ainda de 8%, e onde a taxa de analfabetismo funcional ultrapassa de certeza os 50%, somos uma elite perdida num mar de contradições. Entre aqueles que nos tecem louvores e os outros que nos consideram um inútil sumidouro de dinheiro (às vezes os mesmos...), perguntamo-nos se vale mesmo a pena (pessoal e socialmente falando). Deslumbrados por termos chegado tão longe, deprimidos por não nos vermos chegar a lado nenhum. Acreditámos que podíamos ter tudo. Mas o sonho é como um castelo de cartas numa corrente-de-ar."
Amen
Estimando por alto, só para ter uma ordem de grandeza do problema, eu diria que 100% dos bolseiros de investigação passam por fases graves de depressão. Se juntarmos a esse número 3% de incerteza, o palpite passa a quase-verdade.
Somos uns privilegiados, fazemos na vida aquilo que escolhemos, ganhamos bem (atendendo aos padrões portugueses), não trabalhamos demais (outra vez os padrões portugueses), viajamos muito. À primeira vista, nada parece justificar o desânimo generalizado. E no entanto...
O colóquio recente sobre o futuro científico em Portugal trouxe o assunto para os jornais. Ministros cantam-nos loas, fazem promessas de milhões de euros, promessas de milhares de novas bolsas, promessas de empregos que hão-de vir. Pintam um futuro radioso para a Ciência portuguesa - mas nós, que futuro é o nosso? Porque, ao mesmo tempo que no-lo dizem, vão juntando que "as bolsas são e têm de ser de carácter temporário"... Eu, como alguns de vocês, faço investigação há quase 10 anos (sim,o tempo passa tão depressa...), graças às sucessivas bolsas da FCT e do instituto onde estou. Esperam que ao fim de todo este tempo e esforço, passado já o limiar dos 30 há anos, eu vá à procura de emprego onde? Que contributo posso eu dar para a rudimentar indústria portuguesa - eu, vinda da física fundamental, e todos aqueles que vêm de áreas teóricas e/ou não-aplicadas? Que empregador vai querer pagar-nos uma sobre-qualificação de que não precisa?
Talvez o "carácter temporário" que querem dar às bolsas portuguesas signifique que esperam que procuremos financiamento fora do país. Como muitos de nós, de resto, temos feito. E propoem que regressemos já perto da reforma (que, a propósito, dificilmente nos quererão pagar, visto que nunca teremos sido "contribuintes"), depois dos famosos 100 artigos em revistas científicas e 10 orientandos de doutoramento. A dificuldade está no entre-tempo...
Os efeitos colaterais disto tudo são evidentes. Mesmo assim, alguns de nós escolhemos continuar. Procurar novo financiamento todos os 2 ou 3 anos. Mudar de país,de casa e de amigos com a mesma periodicidade. Estar longe da família. E adiar a "vida normal" (casar, ter filhos, ter férias no Verão, pertencer a um local,...) por tempo indeterminado.
Num país onde a taxa de analfabetismo é ainda de 8%, e onde a taxa de analfabetismo funcional ultrapassa de certeza os 50%, somos uma elite perdida num mar de contradições. Entre aqueles que nos tecem louvores e os outros que nos consideram um inútil sumidouro de dinheiro (às vezes os mesmos...), perguntamo-nos se vale mesmo a pena (pessoal e socialmente falando). Deslumbrados por termos chegado tão longe, deprimidos por não nos vermos chegar a lado nenhum. Acreditámos que podíamos ter tudo. Mas o sonho é como um castelo de cartas numa corrente-de-ar."
Amen
Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.
Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.
E aqueles que invoscaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.
Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.
Este país te mata lentamente.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Grades (1970)
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.
Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.
E aqueles que invoscaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.
Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.
Este país te mata lentamente.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Grades (1970)
Promises...
As I had promised years ago, here goes Einstein marvellous speech:
Ladies and gentlemen, our age is proud of the progress it has made in man's intellectual development. The search and striving for truth and knowledge is one of the highest of man's qualities - though often, the pride is most loudly voiced by those who strive the least. And certainly we should take care not to make the intellect our god; it has, of course, powerful muscles, but no personality. It cannot lead, it can only serve; and it is not fastidious in its choice of a leader. This characteristic is reflected in the qualities of its priests, the intellectuals. The intellect has a sharp eye for methods and tools, but is blind to ends and values. So it is no wonder that this fatal blindness is handed on from old to young and today involves a whole generation
(I actually just found this speech posted on a physics blog...nevermind)
As people have discovered this blog I'll post some statements/poems I enjoy.
Ladies and gentlemen, our age is proud of the progress it has made in man's intellectual development. The search and striving for truth and knowledge is one of the highest of man's qualities - though often, the pride is most loudly voiced by those who strive the least. And certainly we should take care not to make the intellect our god; it has, of course, powerful muscles, but no personality. It cannot lead, it can only serve; and it is not fastidious in its choice of a leader. This characteristic is reflected in the qualities of its priests, the intellectuals. The intellect has a sharp eye for methods and tools, but is blind to ends and values. So it is no wonder that this fatal blindness is handed on from old to young and today involves a whole generation
(I actually just found this speech posted on a physics blog...nevermind)
As people have discovered this blog I'll post some statements/poems I enjoy.
среда, января 26, 2005
Einstein
I just came from a lecture about the influence of Einstein in our everyday life. If he had patented what he discovered he would have been really rich. But, damn, I heard a speech he made in 1955 in the radio and he really is something else. It's not by chance that he's been chosen as the personality of the XX century. I'll try to transcript here the speech soon.
Stay tuned...
Stay tuned...
понедельник, ноября 22, 2004
K's Choice
1 of my favorites:
I don't know who you are
But you seem very nice
So will you talk to me
Shall I tell you a story
Shall I tell you a dream
They think I'm crazy
But they don't know that I like it here
It's nice in here
I get everything for free
Have you been here before
Shall I show you around
It's very pretty
Have you come here to stay
Well, you sure picked a day
My name is Billy
It's my birthday, you're invited to my party down the hall
Where I go, what I'll become or who I am or what I'll be
I'll never know, but I am sure that I'll get everything for free
I'm not troubled or sad
I'm just ready for bed
It's been a long day
Before they switch off the lights
It truly was a delight
They think I'm crazy
But they don't know that I like it here
It's nice in here
Where I go, what I'll become or who I am or what I'll be
I'll never know, but I am sure that I'll get everything for free
I don't know who you are
But you seem very nice
So will you talk to me
Have you been here before
Well, you sure picked a day
They think I'm crazy
I don't know who you are
But you seem very nice
So will you talk to me
Shall I tell you a story
Shall I tell you a dream
They think I'm crazy
But they don't know that I like it here
It's nice in here
I get everything for free
Have you been here before
Shall I show you around
It's very pretty
Have you come here to stay
Well, you sure picked a day
My name is Billy
It's my birthday, you're invited to my party down the hall
Where I go, what I'll become or who I am or what I'll be
I'll never know, but I am sure that I'll get everything for free
I'm not troubled or sad
I'm just ready for bed
It's been a long day
Before they switch off the lights
It truly was a delight
They think I'm crazy
But they don't know that I like it here
It's nice in here
Where I go, what I'll become or who I am or what I'll be
I'll never know, but I am sure that I'll get everything for free
I don't know who you are
But you seem very nice
So will you talk to me
Have you been here before
Well, you sure picked a day
They think I'm crazy
Days go by...
Days go by in a stopless movement. As I begin to discover the beauty in a new world, I find myself even more amazed not only with the things I see but with the ones I can't and will never see.
Meanwhile I've found another strength...how I love U. I'd be nothing if it wasn´t U.You're really my life...
Meanwhile I've found another strength...how I love U. I'd be nothing if it wasn´t U.You're really my life...